A situação da mulher trabalhadora no
Brasil nunca foi fácil, e atualmente, mesmo o país sendo governado por uma
mulher, os índices de violência machista, de desemprego e trabalho precário
feminino são alarmantes. Os
investimentos do governo Dilma (PT) em delegacias, creches e hospitais têm sido
sumariamente reduzidos nos últimos anos. A falta de verbas e de ação dos
governos estadual, municipal e federal em criar ou ampliar uma estrutura de
atendimento à mulher vítima de violência, como as casas abrigo e delegacias
especializadas, contribui para o aumento dos índices de violência e impunidade.
Na Paraíba, os dados públicos divulgados
pela ONG Centro da Mulher 8 de março, indicam que o número de mortes aumentou
150% só esse ano.
Com esse cenário, se faz necessária a
organização das mulheres trabalhadoras para avançarmos na luta por direitos,
maior visibilidade das demandas femininas nos sindicatos e contra o capitalismo
e o patriarcado que impõe às mulheres trabalhadoras, além da exploração capitalista
por meio do trabalho assalariado, o assédio moral e sexual, o confinamento no
trabalho doméstico, o salário menor em relação ao do homem mesmo em trabalho
igual, o preconceito e tantos outros crimes contra a mulher.
Nesta sexta feira dia 07 de março, o
SINTRAMB e o MML convocaram uma plenária com o objetivo de discutirmos a
violência contra a mulher e o descaso do poder público em relação às vítimas de
machismo, tanto no ambiente doméstico como no local de trabalho.
A atividade foi realizada na escola
municipal Tancredo Neves, em Bayeux, e contou com a participação de mulheres da
categoria, estudantes e trabalhadores/as da escola. Na mesa estavam as mulheres
membros da direção do Sintramb,
Lia e Ivone e Ana Cristina, representante do MML/PE.
Um dos momentos mais marcantes foi o minuto de silêncio em memória da professora e dirigente do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE), militante do PSTU e feminista do MML – PE, Sandra Rodrigues e seu filho Icauã, assassinados em sua residência pelo namorado dela, no último dia 17 de Fevereiro.
O fim do debate foi marcado por uma confraternização e desejo de avançar na luta contra o machismo e a exploração.
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